Lista de Verificação de Acessibilidade de Design UX: Tudo o Que Você Precisa Saber Como Designer

A acessibilidade de design UX garante experiências digitais inclusivas e eficazes. Com base em princípios como clareza, consistência e usabilidade, designers podem criar interfaces que atendem às necessidades de todos os usuários, evitando barreiras e fortalecendo a identidade da marca.
Homem utilizando laptop em cadeira de rodas representando a importância da acessibilidade de design UX para experiências digitais inclusivas.

A acessibilidade de design UX vai muito além de uma tendência: ela é um imperativo ético, legal e comercial.

Quando designers priorizam a inclusão, criam produtos digitais que podem ser usados por todos, independentemente de limitações físicas, sensoriais ou cognitivas.

O design acessível melhora a experiência do usuário de forma geral. Afinal, interfaces mais claras, simples e intuitivas beneficiam todas as pessoas, não apenas aquelas com deficiência.

Portanto, ao falar em acessibilidade, estamos falando também em responsabilidade social, competitividade de mercado e melhores práticas de UX.

 

Principais razões para investir em acessibilidade

A acessibilidade no design UX deve ser uma prioridade por quatro grandes motivos:

  • Inclusão social: Um mundo digital acessível garante que todos possam interagir plenamente com produtos e serviços.

  • Legalidade: Muitos países já exigem padrões mínimos de acessibilidade por lei.

  • Negócios: Segundo a OMS, 1 em cada 6 pessoas no mundo vive com algum tipo de deficiência, representando mais de 1,3 bilhão de indivíduos.

  • Experiência do usuário: Interfaces acessíveis costumam ser mais limpas, intuitivas e consistentes.

Ignorar a acessibilidade significa perder usuários, credibilidade e competitividade.

 

Os quatro principais tipos de deficiências a considerar

Para projetar experiências realmente acessíveis, é essencial entender os diferentes tipos de deficiências que podem impactar a interação do usuário:

  • Deficiências físicas: afetam mobilidade e controle motor, exigindo botões maiores e interações adaptáveis.

  • Deficiências sensoriais: incluem limitações visuais e auditivas, como daltonismo, cegueira ou surdez, demandando alternativas como texto alternativo e legendas.

  • Deficiências de desenvolvimento: relacionadas a funções cognitivas, como memória e atenção, onde o uso de linguagem clara e design simples é fundamental.

  • Deficiências comportamentais: como ansiedade ou depressão, que podem ser impactadas por pop-ups invasivos ou interações inesperadas.

Quanto mais diversidade você considerar no processo de design, mais inclusivo será o produto.

 

Os princípios POUR da acessibilidade em UX

Para guiar boas práticas, a WCAG (Web Content Accessibility Guidelines) propõe os princípios POUR:

  • Perceptível: O conteúdo deve ser apresentado de forma que todos possam perceber.

  • Operável: A interface precisa permitir navegação por diferentes meios (mouse, teclado, voz).

  • Compreensível: O design deve ser intuitivo, consistente e de fácil entendimento.

  • Robusto: A experiência deve funcionar em diferentes dispositivos, navegadores e tecnologias assistivas.

Esses quatro pilares ajudam os designers a tomar decisões mais inclusivas e funcionais.

 

Lista de verificação de acessibilidade em UX

Aqui está um checklist prático que serve como ponto de partida para qualquer projeto:

  • Garanta alto contraste de cores entre texto e fundo.

  • Não use apenas cores para transmitir significado.

  • Adicione texto alternativo significativo a imagens e ícones.

  • Use linguagem simples e clara.

  • Assegure que todos os elementos sejam navegáveis pelo teclado.

  • Inclua um estado de foco visível em botões e links.

  • Mantenha navegação e layout consistentes.

  • Ofereça instruções claras em formulários.

  • Evite limites de tempo ou permita controle pelo usuário.

  • Adicione legendas em vídeos.

  • Estruture corretamente com HTML semântico.

  • Teste com leitores de tela e teclado.

  • Evite conteúdo piscante ou intermitente.

  • Forneça feedback claro em erros e interações.

  • Use alvos de toque grandes e bem espaçados.

  • Permita redimensionamento de texto sem quebrar o layout.

Essa lista não é um fim, mas sim um ponto de partida para consolidar boas práticas em acessibilidade.

 

Conclusão: acessibilidade como mentalidade de design

Acessibilidade em UX não é apenas uma lista de tarefas a cumprir, mas uma mentalidade contínua que deve estar presente em cada etapa do design.

Ao aplicar esse checklist e seguir os princípios POUR, designers não apenas atendem a requisitos legais e de mercado, mas também contribuem para um mundo digital mais inclusivo, justo e eficiente.

Seja para melhorar a experiência do usuário, fortalecer sua marca ou ampliar seu alcance, investir em acessibilidade é, sem dúvida, a escolha certa.

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