Como Montar um Currículo de UX Researcher

Currículos de UX Research devem destacar impacto, habilidades práticas e ferramentas específicas. Estrutura, escaneabilidade e uso estratégico de palavras-chave são essenciais para se destacar. Recrutadores buscam clareza, resultados mensuráveis e alinhamento com a descrição da vaga.
Demonstração de currículo de UX Researcher

O currículo de UX Researcher que normalmente garante a primeira oportunidade de entrevista, embora o portfólio seja uma ferramenta importante.

Ele é sua porta de entrada, especialmente em processos seletivos com dezenas (ou centenas) de candidatos.

Ter um currículo bem estruturado e objetivo é essencial para se destacar entre os demais e aumentar as chances de ser chamado para a vaga.

Mas como montar um currículo que realmente se destaque?

Neste artigo, você vai aprender a criar um currículo que valoriza suas habilidades, demonstra seu impacto e, principalmente, se alinha com o que recrutadores e gerentes de design estão procurando.

Veja também: Portfólio de UX: Guia Completo Para Destacar Sua Carreira em Design

 

Por que o currículo de UX Researcher é tão importante?

Em áreas como design de experiência do usuário, muita gente acredita que só o portfólio importa. E sim — ele é fundamental para mostrar sua prática. 

No entanto, o currículo ainda é o primeiro documento que muitos recrutadores olham, seja manualmente ou via softwares de triagem automática (ATS – Applicant Tracking System).

Um currículo bem feito mostra rapidamente como você pensa, trabalha e colabora. Ele também ajuda a destacar:

  • Suas principais experiências e conquistas;

     

  • Seu conhecimento em métodos de pesquisa e ferramentas;

     

  • Sua capacidade de trabalhar com equipes interdisciplinares;

     

  • Seu impacto nos resultados de negócios.

     

Ou seja: um currículo de UX researcher vai muito além de listar empresas e cargos. Ele precisa contar sua história de forma estratégica.

 

O que não pode faltar no seu currículo de UX Researcher

🧠 1. Abordagem em pesquisas

Recrutadores querem entender como você conduz e aplica pesquisas no dia a dia. Em vez de dizer apenas “Realizei entrevistas com usuários”, vá além.

Explique o contexto, sua metodologia, o objetivo da pesquisa e como você contribuiu para a tomada de decisões.

Exemplo:
“Conduzi entrevistas semiestruturadas com usuários para entender os motivos de abandono do carrinho. A análise identificou barreiras na navegação mobile, levando a ajustes que aumentaram a taxa de conversão em 22%.”

 

📈 2. Resultados mensuráveis

Sempre que possível, inclua dados. Mostrar o impacto das suas ações transmite credibilidade.

Exemplo:
“Após aplicar testes de usabilidade e implementar melhorias no fluxo de cadastro, o número de cadastros finalizados aumentou em 35%.”

 

🤝 3. Colaboração multidisciplinar

O trabalho em UX é coletivo. Mostre que você atua bem com designers, devs, PMs e stakeholders. Reforce sua habilidade de comunicar descobertas e envolver outras áreas nas decisões.

 

🌀 4. Experiência ao longo do ciclo de pesquisa

Destaque sua familiaridade com diferentes fases: planejamento, recrutamento, coleta de dados, análise, síntese, apresentação de resultados. Se você tem experiência com métodos qualitativos e quantitativos, aponte isso também.

 

🛠 5. Habilidades e ferramentas

Inclua as ferramentas que você domina (como Figma, Miro, Dovetail, Maze, Lookback, entre outras) e metodologias que costuma usar (entrevistas, pesquisas exploratórias, surveys, testes A/B, card sorting, etc).

 

Dicas visuais e práticas de formatação

Um currículo visualmente organizado transmite profissionalismo. Siga estas boas práticas:

  • Formato: PDF é o mais seguro, mas mantenha uma versão editável (Word ou Google Docs).

     

  • Fonte: Helvetica, Arial, Times ou Palatino, entre 10 e 14 pts.

     

  • Entrelinhas: 1 ou 1,15 para facilitar a leitura.

     

  • Evite: fontes rebuscadas, muito uso de itálico, elementos gráficos complexos ou tabelas.

     

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Como adaptar seu currículo para sistemas de rastreamento (ATS)

Muitas empresas usam softwares que fazem uma leitura automatizada dos currículos antes mesmo de um humano vê-los. Para se dar bem com esses sistemas:

  • Use palavras-chave da vaga (ex: “pesquisa quantitativa”, “testes A/B”, “Figma”);

     

  • Evite siglas ou, se usar, inclua o nome por extenso (ex: “User Research (pesquisa com usuários)”);

     

  • Não use gráficos, imagens ou tabelas — ATS pode não interpretar corretamente;

     

  • Prefira arquivos .doc, .pdf ou .txt.

     

Para quem está começando na área de UX

Se você ainda não tem experiência profissional como UX Researcher, tudo bem! Foque em mostrar:

  • Projetos de cursos ou bootcamps;

     

  • Experiências anteriores com atividades similares (pesquisas de mercado, análise de dados etc.);

     

  • Certificações relevantes;

     

  • Participação em hackathons, voluntariado ou eventos de design.

     

Seu currículo precisa comunicar potencial e dedicação, mesmo que ainda falte bagagem prática.

O currículo de um UX Researcher não é apenas uma formalidade: ele é uma ferramenta poderosa para abrir portas. Ao estruturar seu currículo com clareza, destacar seus resultados, evidenciar sua abordagem e usar as palavras-chave certas, você aumenta muito suas chances de ser chamado para uma entrevista.

Invista tempo nesse documento. Revise com atenção. Peça feedback. E, principalmente, atualize-o com frequência.

Com essas dicas, seu currículo vai refletir não só quem você é como profissional — mas também onde você quer chegar.

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